Pesquisas em andamento: Chris Mariani (PIBIC) & Gui Oliveira (PIBExA)
Conversa sobre pesquisas em andamento, em reunião online por meio de videoconferência.
Pesquisa de iniciação científica de Chris Mariani
Plano de trabalho "Memórias da escravidão e resistência no cinema e em outros meios: estudo analítico no contexto dos cinemas africanos contemporâneos"
Resumo do projeto de pesquisa "Memórias da escravidão e resistência no cinema e em outros meios: abordagens africanas e afrodiaspóricas"
Este projeto propõe a continuidade e a atualização da pesquisa que vem sendo feita desde o PIBIC 2019 sobre as representações e abordagens da escravidão e da resistência à escravidão, no cinema e em outros meios, a partir dos movimentos de descolonização iniciados na segunda metade do século XX, com base no estudo comparativo de produções cinematográficas e artísticas africanas e afrodiaspóricas, diferenciando seus modos de relação com o arquivo histórico da escravidão atlântica e com suas lacunas. Considerando a intensificação do trabalho de memória em torno da escravidão que tem ocorrido desde os movimentos de descolonização que se consolidaram nas décadas de 1960 e 1970, e reconhecendo a atual reconfiguração dos campos de disputa em torno das heranças da experiência colonial e da descolonização como problema político, este projeto questiona os modos como se pode assumir ou recusar tais heranças. Considerando as relações que diferentes representações e abordagens da escravidão estabelecem com o arquivo da escravidão e suas lacunas, trata-se de pensar quais são as modalidades de apropriação, recusa e ressignificação do arquivo da escravidão, assim como as formas de reivindicação da invenção de novas imagens. Para isso, confere-se maior ênfase à comparação entre perspectivas africanas e afrodiaspóricas e à exploração de outros meios artísticos e (audio)visuais, complementando os estudos em andamento sobre cinema brasileiro moderno e contemporâneo e sobre cinemas africanos modernos com o estudo dos cinemas africanos contemporâneos e delimitando marcos fundamentais para estudos comparativos que ultrapassem o campo do cinema e do audiovisual, abrangendo arte e cultura visual em sentido amplo e aproximando-se, assim, de pintura, fotografia e outras formas imagéticas, para tornar possível a interrogação de imagens recorrentes, como as dos navios negreiros, no trabalho de memória e de imaginação em torno da experiência histórica da escravidão.
Resumo do plano de trabalho
Este plano de trabalho aborda as representações e abordagens da escravidão e da resistência à escravidão, no cinema e em outros meios, nos contextos diversos que podem ser reunidos sob a rubrica dos cinemas africanos contemporâneos e de sua época (desde a passagem da década de 1970 para a década de 1980), com base no estudo analítico e comparativo de produções cinematográficas e artísticas desse e de outros períodos, identificando seus modos de relação com o arquivo histórico da escravidão atlântica e com suas lacunas. Para isso, propõe-se o estudo aprofundado da obra de Achille Mbembe, de modo a contribuir para uma compreensão crítica do racismo, da experiência colonial, da descolonização e da globalização e da mundialização, entendidos como coordenadas para compreender os cinemas africanos contemporâneos. Considerando as relações variáveis com o arquivo da escravidão e com suas lacunas, trata-se de pensar quais são as modalidades de apropriação, recusa e ressignificação do arquivo da escravidão, assim como as formas de reivindicação da invenção de novas imagens, que estão em jogo em um ou mais filmes ou obras do período.
Projeto artístico experimental de Gui Oliveira
Experimento Geledés (PIBExA - Tessituras)
Resumo
O projeto Experimento Geledés é uma atividade de extensão destinada à experimentação artística, realizada no âmbito do PIBExA Tessituras - Edital do Programa Institucional de Experimentação Artística - Semestre Suplementar (2020), de 05/08/2020. A atividade foi proposta pelo estudante Guiovan Clementino de Oliveira, e o professor Marcelo R. S. Ribeiro atuará como tutor. O projeto envolve a criação de 15 máscaras africanas inspiradas na cultura geledés, de modo experimental visando promover reflexões acerca das culturas afro-religiosas e diaspóricas. Geledé evoca todo o envolvimento da África, a ancestralidade e das concepções estéticas zoomórfica e antropomórfica, advindas das máscaras africanas utilizadas em cultos afro-religiosos, especificamnete aqueles da etnia iorubá, de tipo geledé. O projeto visa experimentar exposições no campo virtual através de aplicativos de realidade aumentada ou filtro para plataforma Instagram, para divulgação das máscaras em aparelhos smartphone.