No dia 08 de julho, aconteceu a palestra Arkeologia: fazer correr os riscos na experiência com arquivos, com Fabricio Fernandes. O evento faz parte do projeto #Anarqueológicas e foi organizado por Marcelo Ribeiro, que mediou a conversa com Fabricio, que contou também com a participação do público que acompanhou a transmissão ao vivo. A palestra e a conversa podem ser assistidas abaixo:
A partir da experiência com uma pesquisa do mestrado: Arqueologia homoerrática de A Cruz na Praça - Um filme desaparecido de Glauber Rocha (1959), continua-se a executar os riscos na experiência exploratória de vestígios arqueológicos, ruínas, rastreados de arquivos e documentos que indica um "sintoma de decadência", como afirma Walter Benjamim, em "O Narrador" - Considerações sobre uma obra de Nikolai Leskov. Ouvir os arquivos de outro e outros itens. Vestígios presentes nas coisas narradas e arquivos que esquecem de si mesmos, "se não na qualidade de quem viveu, ao menos de quem tem relação", diz Benjamim. O escavador arqueologista, ou arkeologista, para além da tradição de rememoração, dos sistemas canônicos. Encarnar o devir-arquivo, uma profundidade do mundo, o coração no diapasão, nos fluxos das máquinas contemporâneas, dos perfis, do aparente anônimo, do esquecido.
"Sou escritor, roteirista, cineclubista, pesquisador em arqueologia da imagem e da palavra. Mestre em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Fui professor-estagiário no curso de graduação em Audiovisual da UFES, na matéria Cinema e Literatura Queer/LGBT. Publiquei os livros: Rosa Helena Schorling – Além da Folha de Vento (biografia, Ed. Edufes, Ufes, 2012); Nome Nenhum (contos, Ed. Multifoco,RJ.), Música no corpo de fuga (romance a-genero, Ed. Pedregulho, Vitória) e Aprígio Lyrio – Simplesmente Mercurio Cromo (livro de vestígios, Ed. Independente, 2018). Atualmente, realizo laboratórios em escrita autobiográfica, memória e arqueologias. Resultado do último lab: https://fabriciofernandes.wixsite.com/labdosensivel."