My Feed Title Registros das derivas do grupo Arqueologia do sensível 2022-06-12T13:33:00-03:00 Marcelo R. S. Ribeiro https://arqueologiadosensivel.ufba.br/ Arquivos do futuro, com Kênia Freitas https://arqueologiadosensivel.ufba.br/2021-12-10-palestra-com-kenia-freitas-arquivos-do-futuro 2022-06-12T13:33:00-03:00 2022-06-12T13:33:00-03:00 No dia 08/12/2021, ocorreu a palestra Arquivos do futuro, com Kênia Freitas, no ciclo 2021.2 das Conversas Anarqueológicas, dentro da programação do 2º Ciclo de Cinema e Audiovisual, organizado pela Facom-UFBA e por seu Laboratório de Audiovisual, no Congresso UFBA 75 Anos, realizado de forma remota entre 06 e 11/12/2021. A palestra contou com mediação de Rogério Felix e Marcelo Ribeiro.

Essa apresentação pretende discutir como as imagens especulativas do cinema negro podem ser pensadas como contra-monumentos enderaçados aos futuros - hostis ou prosperos. Tomando emprestado a imaginação dos arqueólogos do futuro de Kodwo Eshun para imaginar os traços das produções afrofuturistas contemporâneas como arquivos vindouros a serem reinventados. O filme Negro Em Mim (Macca Ramos, 123 min, 2020, Brasil) será o ponto de partida para a discussão.

Assista à transmissão ao vivo no YouTube da TV UFBA:

Kênia Freitas é crítica e curadora de cinema, com pesquisa sobre Afrofuturismo e o Cinema Negro. Fez estágios de pós-doutorado (CAPES/PNPD) no programa de pós-graduação em Comunicação na UCB (2015-2018) e no programa de pós-graduação em Comunicação da Unesp (2018-2020). Doutora pela Escola da Comunicação da UFRJ na linha Tecnologias da Comunicação e Estéticas (2015). Mestre em Comunicação formado pelo Programa de Pós-Graduação em Multimeios da Unicamp (2010). Graduação em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Departamento de Comunicação Social da Ufes (2007). Realizou a curadoria das mostras "Afrofuturismo: cinema e música em uma diáspora intergaláctica", "A Magia da Mulher Negra" e "Diretoras Negras no Cinema brasileiro". Escreve críticas para o site Multiplot!. Ministra cursos e oficinas sobre cinema negro, afrofuturismo e fabulações.

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Seguindo as pistas das imagens de arquivo: o desenvolvimento de um método, com Patrícia Machado https://arqueologiadosensivel.ufba.br/2021-12-09-palestra-com-patricia-machado-seguindo-imagens-arquivo 2022-06-12T13:28:00-03:00 2022-06-12T13:28:00-03:00 No dia 08/12/2021, ocorreu a palestra Seguindo as pistas das imagens de arquivo: o desenvolvimento de um método, com Patrícia Machado, no ciclo 2021.2 das Conversas Anarqueológicas, dentro da programação do 2º Ciclo de Cinema e Audiovisual, organizado pela Facom-UFBA e por seu Laboratório de Audiovisual, no Congresso UFBA 75 Anos, realizado de forma remota entre 06 e 11/12/2021. A palestra contou com mediação de Kalinka Brant e Marcelo Ribeiro.

Nosso objetivo é apresentar um método de análise de arquivos audiovisuais descoberto através do trabalho realizado pela historiadora Sylvie Lindeperg e que venho desenvolvendo em diferentes pesquisas nos últimos dez anos. A abordagem parte de uma perspectiva ainda pouco explorada no campo da História e do Cinema no Brasil, que leva em conta a complexidade da imagem e das estratégias de sua tomada e retomada. Nessa trajetória, seguimos as pistas deixadas pelos documentos e imagens de arquivo nos caminhos que eles percorrem.

Assista à transmissão ao vivo no YouTube da TV UFBA:

Patrícia Machado é doutora em Comunicação e Cultura na ECO-UFRJ com estágio de 1 ano (com bolsa CNPQ) na Universidade Université Sorbonne Nouvelle Paris 3 (2014/2015). Realizou mestrado e graduação em Comunicação Social na PUC-Rio. Realiza pós-doutorado no PPGCINE-UFF, com bolsa vinculada ao projeto Niterói em imagens: repositório digital de fotografias e filmes, no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Projetos Aplicados (UFF-FEC-PMN). Coordenadora de pesquisa do projeto. Professora do curso de Estudos de Mídia- Cinema da PUC-Rio. Participa de projetos de pesquisa financiados pelo CNPQ e em convênio com a Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de Niterói. Autora do livro Cinema de arquivo: imagens e memórias da ditadura militar (no prelo). Co-organizadora dos livros Imagens em disputa (ed.7 Letras, 2018) e do e-book Archives in moviment: International Seminar on Archive (ed.FGV, 2017). Organizou o Seminário Internacional Niterói em Imagens (2021) e Co-organizou o Seminário Imagens em Movimento: Seminário Internacional de Imagens de Arquivo (FGV- 2017). Membro do Comitê Científico do Colóquio Internacional de Cinema e História (USP) e do Conselho Deliberativo da Socine (2020-2021). Integrante do Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual (LUPA), da Universidade Federal Fluminense. Co-Coordenadora do ST Cinema brasileiro contemporâneo: política, estética e invenção (2018-2019) e de duas edições do dossiê com o mesmo título da Significação: Revista de Cultura Audiovisual- USP (2020). É pesquisadora iconográfica/filmográfica, de roteiro e de personagens (já trabalhou para filmes, séries e programas de TV). Realizou a curadoria do Festival de Cinema do Sesc em 2019 e da Mostra Arquivos da Ditadura, em 2014, no Centro Cultural de Justiça. Coordenou a Oficina de Audiovisual da FGV (2016) e a oficina de pesquisa e realização de filmes de arquivo Lanterna Mágica, do Arquivo Nacional (2020).

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Mesa Teorias do cinema e políticas da representação no Congresso UFBA 75 Anos https://arqueologiadosensivel.ufba.br/2021-12-09-mesa-teorias-do-cinema-e-politicas-da-representacao 2022-06-12T13:25:00-03:00 2022-06-12T13:25:00-03:00 No dia 09/12/2021, ocorreu a mesa Teorias do cinema e políticas da representação, com Ana Clara Almeida Moreira, João Lauro Ribeiro, Diana De Oliveira Souza Reis, Marina Moreno Baqueiro De Souza, Jessica Brito Santana, Midiã Alves Dos Santos, dentro da programação do 2º Ciclo de Cinema e Audiovisual, organizado pela Facom-UFBA e por seu Laboratório de Audiovisual, no Congresso UFBA 75 Anos, realizado de forma remota entre 06 e 11/12/2021.

Como a experiência do cinema, em sua multiplicidade, mobiliza diferentes representações sobre identidades culturais, de raça, de gênero e sexualidade? Com trabalhos elaborados no componente curricular Teorias do Cinema (COMA86 - Facom-UFBA) no semestre letivo 2021-1, esta mesa desdobra a complexidade da questão da representação no campo do cinema e do audiovisual, interrogando seus sentidos estéticos (a representação como encenação, re-apresentação como imagem e narrativa, discurso audiovisual) e políticos (a representação como enunciação por procuração, discurso que fala em nome de outros/as), com três apresentações: "Existe Amor em Hollywood? Uma investigação da construção de relacionamentos românticos em três filmes de Hollywood produzidos entre os anos 1942 a 2003"; "O enredo de Aristóteles - Uma análise fílmica tendo como foco a argumentação sobre políticas de identidade, representação e espectatorialidade"; "Raça e representação: a figura do corpo negro no cinema nacional".

Assista à transmissão ao vivo no YouTube da TV UFBA:

  • "Existe Amor em Hollywood? Uma investigação da construção de relacionamentos românticos em três filmes de Hollywood produzidos entre os anos 1942 a 2003"
    • Apresentação:
      • Ana Clara Almeida Moreira
      • João Lauro Ribeiro
    • Outros/as integrantes:
      • Luisa Maciel Diniz Gonçalves
      • Raquel Souza Franco
  • "O enredo de Aristóteles - Uma análise fílmica tendo como foco a argumentação sobre políticas de identidade, representação e espectatorialidade"
    • Apresentação:
      • Diana de Oliveira Souza Reis
      • Marina Moreno Baqueiro de Souza
    • Outros/as integrantes:
      • Jade Emanuele Santana dos Santos
      • José Ednilson Almeida do Sacramento
      • Rayana Azevêdo Oliveira
  • "Raça e representação: a figura do corpo negro no cinema nacional"
    • Apresentação:
      • Jessica Brito Santana
      • Midiã Alves dos Santos
    • Outros/as integrantes:
      • Adilton dos Santos Santana
      • Rafael Matos Mota
      • Vitória Maria Sampaio Silva
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Warburg e Benjamin: o inacabamento e a montagem como métodos de conhecimento, com Osmar Gonçalves https://arqueologiadosensivel.ufba.br/2021-12-08-palestra-com-osmar-goncalves-warburg-e-benjamin 2022-06-12T13:21:00-03:00 2022-06-12T13:21:00-03:00 No dia 08/12/2021, ocorreu a palestra Warburg e Benjamin: o inacabamento e a montagem como métodos de conhecimento, com Osmar Gonçalves, no ciclo 2021.2 das Conversas Anarqueológicas, dentro da programação do 2º Ciclo de Cinema e Audiovisual, organizado pela Facom-UFBA e por seu Laboratório de Audiovisual, no Congresso UFBA 75 Anos, realizado de forma remota entre 06 e 11/12/2021. A palestra contou com mediação de Alexandra Helena Batista da Silva e Marcelo Ribeiro.

Aby Warburg (1866-1929) e Walter Benjamin (1892-1940), judeus e intelectuais nascidos na Alemanha da segunda metade do século XIX, partilham da ideia de suspensão do movimento do curso linear da História e têm uma visão crítica e estética das técnicas. Ligados a universos relativamente distintos, nunca chegaram a se encontrar, a despeito das tentativas de Benjamin. Dentre as muitas correspondências entre seus pensamentos, nos deteremos, neste trabalho, em dois projetos inacabados – o Atlas Mnemosyne, de Aby Warburg, e Passagens, de Walter Benjamin – com o intuito de refletir sobre o legado desses autores para os métodos de investigação estética, especialmente no que se refere às imagens.

Assista à transmissão ao vivo no YouTube da TV UFBA:

Osmar Gonçalves dos Reis Filho é doutor em Comunicação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2010), com bolsa-sanduíche na Bauhaus-Universität (Alemanha), financiada pelo DAAD/Capes. Realizou pós-doutorado em Arte Contemporânea na Université Sorbonne Nouvelle - Paris 3 (2015), com bolsa Capes. Atualmente, é Professor Associado do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará, concentrado principalmente nas áreas de fotografia, teoria da imagem e estética do audiovisual. É líder do IMAGO - Laboratório de Estudos de Estética e Imagem (CNPq), onde coordena o projeto de pesquisa "Do visível ao inapresentável: apontamentos sobre a fotografia latino-americana contemporânea", financiado pelo CNPq (Edital Universal - MCTI/CNPQ Nº 01/2016) e pela Funcap. Tem cooperações acadêmicas com pesquisadores do LIRA - Laboratoire International de Recherches en Arts da Sorbonne Nouvelle (França), da Ruhr-Universität Bochum (Alemanha), da UFRJ, da UnB, da USP e da UFPE. Foi Diretor Científico da Compós (Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação) entre 2019 e 2021, coordenador do GT Comunicação, Artes e Tecnologias da Imagem da Compós entre 2018 e 2019, e do ST Interseções Cinema e Arte da Socine entre 2016 e 2019. Organizou os livros "Narrativas Sensoriais: ensaios sobre cinema e arte contemporânea" (Circuito, 2014), ganhador do Prêmio FUNARTE de Estímulo à Produção Crítica em Artes Visuais e, junto com Susana Dobal, "Fotografia Contemporânea: fronteiras e transgressões" (Casa das Musas, 2013). Osmar também é fotógrafo, tendo participado de inúmeras exposições no Brasil e recebido recentemente o prêmio PrixPhoto da Aliança Francesa (2019). Realiza ainda atividades como parecerista/consultor para CAPES, CNPq e para diversas revistas nacionais e internacionais na área de Comunicação, Fotografia, Cinema e Artes.

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Mesa Nebulosas Afro-Atlânticas no Congresso UFBA 75 Anos https://arqueologiadosensivel.ufba.br/2021-12-07-mesa-nebulosas-afro-atlanticas 2022-06-12T13:14:00-03:00 2022-06-12T13:14:00-03:00 No dia 07/12/2021, ocorreu a mesa Nebulosas Afro-Atlânticas, com Alexandra Helena Batista Da Silva, Christina Neves Mariani, Rogério Wesley Reis Felix Santos, Marcelo Rodrigues Souza Ribeiro, dentro da programação do 2º Ciclo de Cinema e Audiovisual, organizado pela Facom-UFBA e por seu Laboratório de Audiovisual, no Congresso UFBA 75 Anos, realizado de forma remota entre 06 e 11/12/2021.

Nesta mesa, as bolsistas de iniciação científica do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica e do Programa de Bolsas Milton Santos, Alexandra Helena Batista da Silva (PIBIC - plano de trabalho: "Memórias da escravidão e resistência no cinema e em outros meios: estudo comparativo em torno de imagens dos navios negreiros"), Christina Neves Mariani (PIBIC - plano de trabalho: "Memórias da escravidão e resistência no cinema e em outros meios: estudo analítico no contexto dos cinemas africanos contemporâneos") e Rogério Wesley Reis Felix Santos (PBMS - plano de trabalho: "Plataformas de exibição, dispositivos museológicos, espaços de memória: o Centro Cultural Casa de Angola na Bahia, em Salvador"), apresentarão resultados dos planos de trabalho desenvolvidos entre setembro de 2020 e agosto de 2021, assim como desdobramentos das pesquisas realizadas. Com mediação do orientador do projeto "Memórias da escravidão e resistência no cinema e em outros meios: abordagens africanas e afrodiaspóricas", Marcelo R. S. Ribeiro, a mesa interroga as configurações sensíveis que, em meio à multiplicidade das passagens afro-atlânticas (da "Passagem do Meio" às formas contemporâneas de cooperação internacional), articulam diferentes sentidos de memória, história, imaginação e fabulação do comum.

Assista à transmissão ao vivo no YouTube da TV UFBA:

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Montar a História: a crítica do realismo em Walter Benjamin, com Manoel Gustavo https://arqueologiadosensivel.ufba.br/2021-06-01-palestra-com-manoel-gustavo-montar-a-historia 2021-06-01T23:00:00-03:00 2021-06-01T23:00:00-03:00

No dia 01/06, ocorreu a palestra, Montar a História: a crítica do realismo em Walter Benjamin, com Manoel Gustavo, no ciclo 2021.1 das Conversas Anarqueológicas.

Walter Benjamin afirmou em certa ocasião que “não tinha nada a dizer, somente a mostrar”. A afirmação se dá no contexto de uma reflexão sobre o trabalho do historiador, figura que o autor encarnou da forma mais heterodoxa quando tomou a Paris do séc. XIX como objeto de pesquisa ao longo de mais de uma década, tendo deixado ainda inconcluso o estudo que hoje lemos sob o título Passagens. As galerias comerciais que tanto fascinaram Benjamin o fizeram em grande medida por seu forte apelo visual, pelo modo inédito como reuniam e apresentavam mercadorias. Objeto de estudos perfeito para que o filósofo colocasse a prova sua leitura de Marx (não muito vasta) as Passagens foram também o objeto eleito por Benjamin para aplicar uma teoria da imagem que ele desenvolve no interior de sua teoria da História e a serviço dela. São históricas no mais elevado grau as imagens dialéticas de Benjamin. Leitor de Nietzsche, havia se formado na tradição de uma crítica do historicismo que vê na pretensão de isenção e neutralidade científica a marca do mau historiador. No contexto de uma tal reflexão é que a imagética oferece a Benjamin recursos metodológicos e heurísticos com os quais ele propõe uma concepção de História que seria visual não apenas no sentido de operar com imagens, mas tanto mais no sentido de pensar a História imageticamente. Trata-se aqui de investigar os fundamentos epistemológicos de uma tal concepção da História. Nesta empreitada nos será de grande valia o conceito de montagem, que Benjamin tomara emprestado ao cinema e ao modernismo estético das vanguardas europeias.

Assista à transmissão ao vivo no nosso canal do YouTube:

Manoel Gustavo de Souza Neto é graduado em História pela Universidade Federal de Goiás (2005), instituição onde realizou também pesquisas de mestrado (2008) e doutorado (2015) sobre a obra de Walter Benjamin. Entre 2014 e 2015 foi bolsista PDSE-CAPES na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Atualmente é professor efetivo de Teoria e Metodologia da História na Universidade Estadual de Goiás, Campus Norte, onde coordena o Núcleo de Estudos em Teoria da História (NETH). Atua também como Editor Executivo da Revista de Teoria da História do PPGH-UFG. Suas principais áreas de atuação são a Teoria da História, a História da Historiografia e a História do Tempo Presente.

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Blog cineviagens: uma proposta warburguiana-benjaminiana, com Luíza Alvim https://arqueologiadosensivel.ufba.br/2021-05-27-palestra-com-luiza-alvim-blog-cineviagens 2021-05-27T23:00:00-03:00 2021-05-27T23:00:00-03:00

No dia 27/05, ocorreu a palestra, Blog cineviagens: uma proposta warburguiana-benjaminiana, com Luíza Alvim, no ciclo 2021.1 das Conversas Anarqueológicas.

Desde há muito tempo venho buscando confrontar (sem o sentido bélico, mas o de colocar lado a lado) os lugares do mundo com o meu museu imaginário (segundo o conceito de André Malraux) alimentado pelas aulas de História e Geografia da escola. Com a crescente importância da Literatura e do Cinema em minha vida, o escopo dos lugares imaginados por mim e pelo cinema se expandiu consideravelmente. Não é algo só referente aos espaços, mas também temporal: como sobrevivem as imagens do que um dia esses lugares já foram? Quantas ruínas, camadas de tempo, estão numa foto de um presente? Foi me baseando nos conceitos de “doutrina das semelhanças” (Walter Benjamin) e das sobrevivências e montagens por imagens (de Aby Warburg, considerados a partir de Didi-Huberman) que criei o blog cineviagens.blogspot.com. Pretendo pensar aqui os fundamentos do processo criativo do blog e dar alguns exemplos.

Assista à transmissão ao vivo no nosso canal do YouTube:

Luíza Alvim é doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com período sanduíche na Universidade Paris 3, mestre em Letras pela Universidade Federal Fluminense (UFF), graduada em Comunicação Social (habilitações Jornalismo e Cinema) pela UFF e pós-doutora em Música. Foi professora substituta da Escola de Comunicação da UFRJ e do departamento de Cinema e Audiovisual da UFF. Antes da pandemia de Covid 19, foi viajante pelo mundo e, atualmente, usa essa experiência, junto com a de pesquisadora de cinema, no blog cineviagens.blogspot.com.

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Para uma demonologia warburguiana das imagens cinematográficas, com Carol Almeida https://arqueologiadosensivel.ufba.br/2021-05-24-palestra-com-carol-almeida-demonologia-warburguiana 2021-05-24T23:00:00-03:00 2021-05-24T23:00:00-03:00

No dia 24/05, ocorreu a palestra, Por uma demonologia warburguiana das imagens cinematográficas, com Carol Almeida, no ciclo 2021.1 das Conversas Anarqueológicas.

Forças não-humanas operavam ao redor de Aby Warburg (1866-1929). E ele as sentia. O historiador alemão que chegou a ser diagnosticado com esquizofrenia foi responsável, de dentro do seu processo de "loucura", por fundar novas bases para o pensamento iconográfico a partir de uma tentativa de reorganização das manifestações culturais no mundo em pranchas que aproximavam as imagens não por suas significações ou representações. Mas por suas intensidades, por suas concentrações de afetos, pelo páthos que elas manifestavam em comum. Ainda que nunca tenha, de fato, usado imagens cinematográficas em suas pranchas-constelações, a aposta metodológica warburguiana, pela natureza de pensar as imagens em exercícios de montagem, rende muitas conversas com os filmes, entre os filmes. Esta apresentação pretende pontuar a importância de trazer Warburg para pensar imagens cinematográficas que deixem de se relacionar somente pelas premissas de representação e causalidade, que tão bem servem aos três pilares da epistemologia moderna - a separabilidade, determinabilidade e sequencialidade (Denise Ferreira da Silva) - , e passem, portanto, a trocar energias que coloquem o humano e o supra-humano, novamente, em contato.

Assista à transmissão ao vivo, que continua disponível como gravação no nosso canal do Youtube:

Carol Almeida é Doutora no programa de pós-graduação em Comunicação na UFPE, com pesquisa centrada no cinema contemporâneo brasileiro. Faz parte da equipe curatorial do Festival Olhar de Cinema/Curitiba desde 2017, e já participou da curadoria do Recifest, da Mostra Sesc de Cinema e, mais recentemente, da 2ª Mostra de Cinema Árabe Feminino. Dá oficinas sobre crítica de cinema, curadoria, cinema brasileiro contemporâneo e representação de mulheres no cinema. Integrou júris de festivais como Tiradentes, Mostra de São Paulo, FestCurtas BH, Janela de Cinema e Animage. Escreve sobre cinema no blog foradequadro.com.

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Palestra com Gabriela Sá: Afectos lacunares https://arqueologiadosensivel.ufba.br/2020-10-15-palestra-com-gabriela-sa-afectos-lacunares 2020-10-15T22:20:00-03:00 2020-10-15T22:20:00-03:00

No dia 15/10, quinta-feira, às 19h, ocorreu mais uma palestra do projeto #Anarqueológicas, af ec tos l l lacu nar e s: um estudo acerca da poética do arquivo e do impulso anarquívistico, com Gabriela Sá. Você pode conhecer também o trabalho dela como parte do duo .:grão, com Ícaro Moreno (o duo também está no Instagram). Assista à palestra no nosso canal no Youtube:

Resumo

Esta pesquisa parte de um arquivo e para ele se volta. Assim, propõe um estudo – de cunho teórico e prático – acerca dos modos de investimento do artista contemporâneo no uso do material de arquivo. A partir da perspectiva de Hal Foster acerca de uma nova pulsão de arquivo na arte, tomo a noção de impulso anarquivístico como principal operador na pesquisa que conduzo – seja ao buscar artistas que sofram deste impulso, seja ao perceber, em minhas próprias obras, um interesse pelas lacunas do arquivo que tenho em mãos. Contudo, a conversa, aqui, proposta, não tem a intenção de abarcar a pesquisa feita durante os dois anos do mestrado em sua inteireza, mas, sim, apresentar sua metodologia e os principais artistas trabalhados – dentre eles, Walid Ra’ad, Susan Hiller, Mary Kelly, Zoe Leonard e Cristina De Middel –, além de meu próprio trabalho artístico. Em conjunção com as proposições de autores como Jacques Derrida, Maurício Lissovsky, Lucia Castello Branco, Georges Didi-Huberman e Maurice Blanchot, para além de Foster, em "af ec tos l l lacu nar e s", as relações entre arquivo, memória, esquecimento, história e ficção, serão revisadas na medida em que me debruço sobre o poder documental e a dimensão poética do arquivo.

Leitura indicada

Capítulo 2, "A poética no esquecimento", da dissertação de mestrado que dá título à palestra, disponível em: https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/BUOS-APFNER

Sobre a palestrante

gabriela sá (1988) é artista-pesquisadora, professora, curadora, desenhista de expografias e produtora de exposições de arte contemporânea. Desenvolve trabalhos autorais em diversos meios, tendo participado de exposições em Belo Horizonte/MG, Juiz de Fora/MG, Teresina/PI e Leeds (UK). Mestra em Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem interesse pela imagem, seja ela estática ou em movimento, e suas pesquisas mais recentes perpassam os temas da memória e do esquecimento, da história e da ficção, do real e do imaginário, todos por meio do arquivo e suas lacunas.

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Conversa aberta com Marcelo D'Salete https://arqueologiadosensivel.ufba.br/2020-10-01-conversa-aberta-com-marcelo-dsalete 2020-10-01T21:20:00-03:00 2020-10-01T21:20:00-03:00

Na quinta-feira, 01/10, ocorreu mais uma edição do projeto #Anarqueológicas, com a Conversa aberta com Marcelo D'Salete, a partir de Cumbe e Angola Janga .

Marcelo D'Salete (1979) é autor de histórias em quadrinhos, ilustrador e professor. Estudou design gráfico, é graduado e mestre em artes plásticas. Publicou o álbum Cumbe (Veneta, 176 páginas, 2014), que aborda o período colonial e a resistência negra contra a escravidão no Brasil. O livro foi publicado em Portugal, França, Áustria, Itália, Espanha e EUA (Fantagraphics). Cumbe foi selecionado pelo PNLD literário de 2019 para o Ensino Médio, Plano Ler + como recomendação de leitura para escolas de Portugal e premiado no Eisner Awards 2018 na categoria Best U.S. Edition of International Material. Angola Janga - Uma história de Palmares (Veneta, 432 páginas, 2017) trata dos antigos mocambos da Serra da Barriga, mais conhecidos como Quilombo dos Palmares. Angola Janga foi agraciado pelo Prêmio Grampo Ouro 2018, HQMIX 2018, Jabuti 2018 e o Rudolph Dirks Award 2019 (Melhor Roteiro América do Sul). A obra foi selecionada pelo PNLD literário de 2019 para o Ensino Médio. O livro foi publicado também na França, Portugal, Áustria, Espanha, Polônia e EUA. A obra Encruzilhada (Veneta, 160 páginas), relançada em 2016, versa sobre violência, jovens negros e discriminação em grandes cidades.

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