Pesquisas em andamento: Marcelo Ribeiro e Márcio Andrade

Pesquisas em andamento: Marcelo Ribeiro e Márcio Andrade

Reunião online por meio de videoconferência.

  1. Informes

  2. Site e redes: propostas de postagens

  3. Eventos e publicações: chamadas para trabalhos

  4. Discussão sobre as pesquisas em andamento de Marcelo Ribeiro e Márcio Andrade

Projeto de pesquisa de Marcelo Ribeiro: O paradigma anarquívico e o arquivo colonial-moderno no cinema e no audiovisual

Texto em elaboração: "Arquivo e montagem anarquívica em A imagem que falta", de Marcelo Ribeiro, publicado nos Anais de Textos Completos do XXI Encontro da Socine (2018): https://www.socine.org/wp-content/uploads/anais/AnaisDeTextosCompletos2017(XXI).pdf (p. 486-491)

Filme indicado: A imagem que falta (L'image manquante, Rithy Panh, 2013)

Resumo: Analiso o filme A Imagem que Falta (2013), de Rithy Panh, com base nos conceitos de arquivo – um dos recursos mais explorados pelo cineasta neste e em outros documentários, em busca das imagens que restam do genocídio cambojano – e de anarquivo – que corresponde ao modo como o arquivo é deslocado por meio de uma série de gestos de montagem que visam a fabricar as imagens que faltam do genocídio perpetrado pelo regime dos Khmers Vermelhos, liderado por Pol Pot, de 1975 a 1979.

Sobre a relação deste texto com projeto anterior e outras informações: https://incinerrante.com/textos/a-imagem-que-falta-rithy-panh-e-a-montagem-anarquivica/

Projeto de pesquisa de Márcio Andrade: Dramaturgias da Memória – Da matéria bruta da experiência às simulações de si em documentários autobiográficos

Texto em elaboração: "Quebrando Espelhos por Dentro – A autoficção como gesto reflexivo de insurgência no cinema pós-prisão de Jafar Panahi"

Filme indicado: Isto não é um filme (In Film Nist, Jafar Panahi, 2011)

Resumo Formado em Cinema e Televisão pela Universidade de Teerã (Irã), o diretor de cinema Jafar Panahi realizou filmes como O Espelho (Ayneh, 1997), O Círculo (Dayereh, 2000), Ouro Carmim (Talaye sorkh, 2003) e Fora do Jogo (Offside, 2006). Os primeiros filmes do cineasta apareceram em um período comumente conhecido como “novo cinema iraniano” (MELEIRO, 2008; SADR, 2006; TAPPER, 2006), expressão cunhada no início dos anos 1990 para nomear uma série de obras reconhecidas internacionalmente lançadas no Irã após a Revolução Islâmica. Realizadores como Abbas Kiarostami, Mohsen Makhmalbaf e Samira Makhmalbaf se tornaram conhecidos por explorarem certas recorrências políticas, sociais e poéticas, tais como a “frequente revelação do dispositivo cinematográfico, a confusão dos níveis de realidade ou recorrência dos finais abertos” (MELEIRO, 2008, p. 349). Contudo, desde 2010, Jafar Panahi vive em prisão domiciliar sentenciada pelo governo iraniano e, abrindo brechas na censura promovida em suas atividades artísticas, realizou obras como Isto não é um filme (In Film Nist, 2011), Cortinas Fechadas (Closed Curtain, 2013) e Táxi Teerã (Taxi, 2015). Nesses filmes, o cineasta dilui as fronteiras entre documentário e ficção ao interpretar uma versão de si mesmo a partir das limitações estéticas impostas por uma condição externa às obras, colocando a própria subjetividade em um jogo que combina a reflexividade do “novo cinema iraniano” a um gesto de insurgência política contra seus repressores. Neste artigo, pretende-se analisar três filmes de Panahi realizados após sua prisão, compreendendo como a dimensão autoficcional e reflexiva se imprimem nas narrativas dessas obras.